quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Aspectos positivos da Pedagogia por Projetos
O trabalho pedagógico é coletivo favorecendo a integração entre o grupo que seleciona o que quer aprender e a prática docente é baseada na liberdade do aluno onde o professor deve usar procedimentos que façam o mesmo raciocinar e elaborar as próprias certezas e os próprios conhecimentos diante de questões que os levem a pensar criando estratégias para a resolução das dúvidas, portanto o diálogo é importantíssimo. É o aluno que vai em busca da coleta de materiais necessários para esclarecer suas certezas. A avaliação do trabalho é constante e consiste também na auto-avaliação. De acordo com o andamento do trabalho outras questões vão surgindo e o processo de tomada de decisões é sempre em conjunto tornando as aprendizagens mais significativas.
O método é baseado nas idéias de John Dewey onde afirma que o conhecimento é construído de consensos que por sua vez resulta de discussões coletivas e o que o aprendizado se dá quando compartilhamos experiências.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Narrativa Infantil
A criança ao narrar uma história quase sempre mistura a ficção com a realidade e segundo Maria Virgínia o adulto não deve questionar se o que ela está contando é verdade ou invenção, mas sim embarcar na aventura e pedir mais detalhes.
As crianças devem ser estimuladas, questionadas e incentivadas para que contem suas histórias, pois é nelas que embarcam numa viagem fantástica misturando o real com o imaginário. Maria Cecília Perroni diz que são elementos importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos.
Quando conta ou reconta, cria ou recria uma história a criança está desenvolvendo sua imaginação e criatividade. Então, cabe a nós estimulá-los e incentivá-los a contar histórias e durante a mesma ir questionando fazendo com que sua imaginação vá muito longe viajando pelo mundo do faz-de-conta.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Filme: Seu Nome é Jonas X Realidade Hoje
O filme retrata a vida de Jonas, um menino surdo, que ficou três anos internado em uma instituição para deficientes mentais. Durante este período, com um diagnóstico errado, o menino que não se comunicava com o mundo por simplesmente não escutar e não conseguir se comunicar com as pessoas, era considerado retardado e não teve, enquanto internado, nenhum preparo para aperfeiçoar sua comunicação.
Comparando a história do filme com os dias de hoje, sabemos que ainda há discriminação por parte da sociedade e que a Comunidade Surda enfrenta muitas dificuldades, pois muitas vezes não são compreendidos, são vistos como doentes e incapazes. A falta de intérpretes é um problema sério. Na escola regular não é muito diferente, quando incluído não há profissional treinado para atendê-lo. E nem recursos adequados.
Ainda há demora no diagnóstico, pois muitas vezes a família nem percebe logo ou não quer perceber a surdez daquela criança e a encaminha para uma escola, para que ela seja incluída junto de crianças ouvintes.
A caminhada pela inclusão é longa. Começa com a luta pela igualdade de comunicação. A língua brasileira de sinais deveria ser obrigatória como qualquer outra disciplina do ensino regular, objetivando erradicar a discriminação e o preconceito.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O Desafio de Alfabetizar Adultos
Após ter o texto de Regina Lara, percebi que é mesmo um desafio alfabetizar adultos, Em primeiro lugar merecem muito respeito e admiração por estarem em uma sala de aula procurando se alfabetizar para que possam ter uma vida mais digna ou até mesmo um trabalho. Me chamou atenção o trecho que fala sobre a Metodologia de Alfabetização de Adultos onde educadores aceitam trabalhar com eles preocupando-se apenas em ensinar a ler e escrever. Não levando em consideração os saberes acumulados e as experiências que trazem consigo. Então para que haja mais qualidade na alfabetização e para que os alunos se sintam motivados a continuar vai depender muito do professor que também deverá receber formação continuada, orientações e recursos para que possa desenvolver um trabalho de qualidade.
Quando pensamos na leitura para EJA devemos ter em mente que a mesma também deve ser \"a mesma leitura de mundo\" que trabalhamos com nossas crianças. Ainda segundo o texto, o homem constroi seus conhecimentos em diferentes momentos da vida, no ambiente que está inserido através de várias situações que vivencia.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Currículo Integrado
Analisando o texto de Santomé, percebi que este chama a atenção para as mudanças que começam a ocorrer durante o século XX sobre a necessidade de introduzir as questões sociais e os problemas do dia-a-dia no trabalho curricular de sala de aula e dentro das escolas, pois até então havia um distanciamento entre a realidade e as instituições escolares.
Os conteúdos culturais que formaram o currículo escolar eram descartados e trabalhados de forma isolada, ignorando que o verdadeiro sentido da escola existir é o de preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir na sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.
Mas e hoje? Tantos anos já se passaram e nas escolas ainda há reflexos destes ensinamentos. Precisamos urgentemente de mudanças, garantindo uma aprendizagem significativa e repensar a escola na busca de uma integração curricular não fragmentada.
Estamos trabalhando para isso na escola onde eu trabalho, as reuniões são constantes, porém não é fácil. Até a quarta-série tentamos integrar ao máximo, mas da quinta-série em diante os professores trabalham isoladamente.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Comunidades Surdas e a Língua Brasileira de Sinais
Por muitos anos, os próprios surdos não compreenderam a importância da comunicação através da Língua de Sinais para o processo de construção de sua Identidade Cultural, bem como para o desenvolvimento de sua cognição e linguagem. Conseqüentemente, o bloqueio no desenvolvimento da Língua de Sinais causou problemas sociais, emocionais e intelectuais na aquisição da linguagem nos surdos.A comunicação é feita através da Língua Brasileira de Sinais que é a chave para ampliar a inserção do surdo no âmbito social. Respeitar e conhecer a forma de comunicação do surdo é um dever da sociedade e de todos. Sem esse conhecimento fica difícil a comunicação.
Mesmo com a regulamentação da lei que estabelece os direitos dos Surdos, ainda existe muita disputa e polêmica entre as pessoas ouvintes e as pessoas Surdas na sociedade com relação ao mercado profissional. Também ainda há muito caminho a ser percorrido até que os Surdos consigam o direito de ter profissionais capacitados entre os professores Surdos e professores ouvintes e entre os intérpretes de LIBRAS, que possam garantir-lhes o acesso pleno aos conhecimentos socialmente compartilhados.
sábado, 19 de setembro de 2009
Alfabetização e Letramento
Durante muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer o código lingüístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Atualmente, sabe-se que, embora seja necessário, o conhecimento das letras não é suficiente para ser competente no uso da língua escrita. A língua não é um mero código para comunicação. A linguagem é um fenômeno social, estruturado de forma dinâmica e coletiva e, portanto, a escrita também deve ser vista do ponto de vista cultural e social. Para dar conta desse processo de inserção numa cultura letrada, tal como a atual, utiliza-se atualmente a palavra letramento.
Para formar cidadãos participativos, é preciso levar em consideração a noção de letramento e não de alfabetização. Letrar significa inserir a criança no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos de escrita na sociedade. Essa inserção começa muito antes da alfabetização propriamente dita, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social: os pais lêem para ela, a mãe faz anotações, os rótulos indicam os produtos, as marcas ressaltam nas prateleiras dos supermercados...
A escola deve continuar o desenvolvimento das crianças nesse processo, evitando as práticas que tornam a criança alfabetizada, com conhecimento do código, mas incapaz de compreender o sentido dos textos então: Cabe a nós professores a) Considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento prévio; b) Utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer.