domingo, 31 de maio de 2009

Alunos com Necessidades Especiais


Durante a minha trajetória como professora ainda não tive aluno de inclusão, mas acompanho as minhas colegas e os mesmos dentro da escola e posso afirmar que não é fácil, pois não recebemos nenhuma ajuda ou suporte pedagógico. Refiro-me a escola estadual onde eu trabalho. Alguns alunos chegam até nós enviados pela APAE para frequentarem uma classe regular acomanhados de uma psicopedagoga que diz: se precisarem de alguma coisa é só ligar, mas este profissional nunca vem para saber como está o aluno, ou seja, o acompanhamento termina ali e a gente se virá como dá. Contatamos com as familias que nos relatam se fazem algum tipo de tratamento para \"tentarmos\" um encaminhamento. O município tem profissionais que atendem os alunos com necessidades especiais, mas a prioridade é para quem estuda nas escolas municipais e sendo assim fica muito difícil.


Temos um aluno na sétima série que é cadeirante e necessita da boa vontade dos colegas para locomover-se. Ele mora longe da escola, mas adpatou-se aqui. O ano passado a mãe solicitou a transferência dele para uma escola municipal mais próxima de sua casa que não estava adaptada para cadeirante e também porque a sexta-série fica no terceiro piso. Como na escola não tomaram providência para remanejar a turma, o mesmo ficoumais de um mês sem estudar, pois sua família é muito carente. A mãe é deficiente visual e depende deste para locomover-se. \"Um depende do outro\".

Com a ajuda de um vizinho ele retornou para a escola. Foi determinado pela justiça que a Prefeitura Municipal deveria transportá-lo já que não era possível estudar em outra escola. Alegavam que somente os alunos da rede municipal teriam direito ao transporte. Questiono: onde está o direito deste cidadão?

Ele é bastante inteligente, está sempre interado de assuntos diversos. É elogiado pelos professores devido ao seu interesse. Lê muito. Fica na cadeira de rodas, mas viaja nos livros e revistas como ele mesmo diz.
Penso que o acesso destas crianças na escola deva ser muito mais do que estar\\\"dentro da escola\\\ pois vivemos uma realidade dentro das escolas que não é muito animadora embora façamos o possível para dar a essas crianças um atendimento de acordo com suas limitações e necessidades.

domingo, 24 de maio de 2009

O ensaio de ADORNO


Adorno preocupava-se com a necessidade de se garantir que a civilização não passe nova-mente por algo igual ou parecido com a barbárie de Auschwitz.
Como educadora e ciente do papel que exerço frente aos meus alunos e toda a escola sei que sou responsável por semear a paz, a solidariedade, a igualdade e, principalmente, o respeito com o outro, pois vemos e ouvimos diariamente que vem aumentando a violência dentro das escolas. Estamos frente a uma realidade que infelizmente assusta e ao mesmo tempo nos faz parar para pensar. O que está acontecendo com a nossa sociedade? Até parece que cada um está só não se importando com o outro e esquece que devemos educar com os princípios básicos de um cidadão responsável objetivando melhorar o mundo e a situação da humanidade.
Na verdade, é na escola que o indivíduo deve ser preparado para vida. É claro que a família exerce um papel fundamental, mas hoje nos deparamos com uma desestrutura familiar que nos assusta e muitas vezes é onde está se gerando esta violência e a agressão tanto física como verbal avança para o caos.
Diante desta triste realidade, nós precisamos lutar por um mundo melhor, educando contra a barbárie, isto é, reprimindo qualquer tipo de violência física e não fechar os olhos para tais fatos que estão acontecendo ao nosso redor como se fosse conto de fadas. É por isso que as crianças devem vivenciar desde a educação infantil experiências que fiquem marcadas para sempre trabalhando com eles que violência gera violência. O trabalho pode ser demorado, mas com perseverança vamos conseguir. Projetos que venham contribuir para a melhoria da conduta humana podem e devem ser desenvolvidos,
A partir do momento que todos se engajarem conscientes do mal que essa violência causa e que limites devem ser dados e respeitados.
A revista Nova Escola deste mês traz uma reportagem da importância da disciplina de educação física trabalhar jogos de combate, pois esses além de trabalhar o equilíbrio, regras e força permitem discutir a violência, mostrando a importância do respeito ao adversário.
Considerando que tudo o que fizermos de bom, trabalhando valores, repensando a nossa prática como educadores e repudiando qualquer coisa que nos lembre Auschwitz estaremos cumprindo com a responsabilidade social que temos diante de tudo isso.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Método Clínico Piagetiano


Nossa aula presencial de Psicologia foi muito proveitosa. A professora falou sobre o método e sua principal finalidade que é o de ajudar o professor a identificar o nível de conhecimento de um aluno e possíveis problemas que venha a detectar sobre a sua aprendizagem. E a partir daí saberá para o onde encaminhá-lo, se necessário.

Ao aplicar o método, percebi a reação da criança ao agir sobre o concreto. Piaget coloca que os estágios de desenvolvimento não estão diretamente ligados a idade. Uma vez que pessoas com idades diferentes podem estar no mesmo nível de desenvolvimento ou vice e versa.

Semana de recuperação das atividades - 04 a 10/05


A semana passada foi destinada para recuperação das atividades. Quem estava em atraso pode colocar em dia. Para mim foi bastante proveitosa, pois aproveitei para revisar minhas postagens e tive mais tempo para leituras. Li o texto de Marilene Paré na insterdiscplina de Questões Etnico Raciais e refletindo sobre o mesmo percebo o quanto o negro é discriminado, principalmente nas escolas.

sábado, 9 de maio de 2009

Escolas especiais e atendimentos especializados em Sapiranga


Tivemos a oportunidade de pesquisar em nosso município sobre sobre os atendimentos especializados e escolas especiais. Descobri que além da APAE que atende:
ESCOLA ESPECIAL: 44 alunos
CAE - CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO: 45 (inclusos)
CLÍNICA: 31 alunos
TOTAL: 120

Temos ainda o NAE - Núcleo de Assistência ao Educando - que atende atualmente, 130 alunos com dificuldades de aprendizagem, cadeirantes, ou alguma deficiência mental. Conta com profissionais especializados.
Percebi que houve avanços quanto a inclusão de crianças com necessidades especiais, porém ainda há muito o que fazer, pois nem todas estão sendo atendidas. Sinto esta necessidade na escola onde eu trabalho que pertence a rede estadual. Estamos lutando para garantir este direito.

sábado, 2 de maio de 2009

Trabalhando etnias - mosaico


Na semana da Páscoa contei a história da Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado que traz a história de uma menina pretinha que morava ao lado da casa de um coelho branquinho, branquinho que queria ter filhos daquela cor. Procurou a menina e perguntou: Qual é o teu segredo para ser assim tão pretinha? E ela sempre inventava alguma coisa que o coelho imitava, mas não dava certo sua cor não mudava.
Começou a perceber então que a gente sempre se parece com os pais, os tios, os avós...
Procurou uma coelha preta para se casar e nasceram coelhos de todas as cores e até uma pretinha.
Para começar o trabalho sobre etnias nada melhor que voltar e lembrá-los desta história. Primeiramente mandei para casa um questionário para saber qual a raça que a família do aluno pertencia. Após a conversação sobre a origem de cada um realizamos um gráfico sobre as etnias de cada turma. Realizei também um questionamento com as perguntas abaixo. Aproveitei o que aprendi num curso de Filosofia e a palestrante falou que sempre deveríamos questionar muito nossos alunos.

QUESTIONAMENTOS:
- O que a menina tinha de especial que chamava tanto a atenção do coelho?
- O que ele perguntava para a menina para satisfazer a sua curiosidade?
- Que explicações à menina dava para o coelho?
- Será que essas explicações eram de acordo com a realidade de sua origem?
- Como ele descobriu o segredo da menina?
- A que conclusão o coelho chegou então para ter os filhos da mesma cor da menina? O que aconteceu?
- A história nos faz entender que somos parecidos com alguém da nossa família. E você com quem se parecem?

Após, realizamos o mosaico étnico-racial, o qual foi sugerido pela professora Zita.

Ao término das atividades concluí que a origem étnica de meus alunos é: alemã, italiana, portuguesa, e afro-descendente. E que o mesmo reconhecendo as suas origens e percebendo as diferenças que compõe os grupos familiares e de convivência irão aceitar e respeitar o outro.Não houve por parte deles nenhum tipo de preconceito em relação às raças de cada colega.