quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem



Considerando o que está no texto de Marta Kohl de Oliveira, o que já aprendemos nesta interdisciplina, posso afirmar que o aluno do EJA provém de camadas populares onde muitas vezes a escolarização tem peso menor para a sua sobrevivência. Questões como habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte, são prioritários em relação aos processos de escolarização, segundo Regina Hara.
Outros fatores como desgastes físicos, dificuldades para chegar ao trabalho e a escola, família e outros também reduzem seu tempo para a formação sendo considerado por muitos como um desafio.
Segundo Martha Khol “O adulto Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobreo mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas”.
Sendo assim, ao trabalharmos com esses alunos, nos deparamos com diversas realidades, às idades são diferenciadas e cada um tem uma história de vida diferente com experiências e reflexões sobre tudo o que o cerca.
Paulo Freire afirma que as práticas em sala de aula devem estar ligadas com a realidade dos alunos e o processo de aprendizagem deve ser dinâmico e ativo.
Sendo assim, o professor precisa estar atento na sua maneira de ensinar e deve ter um olhar diferenciado para cada um, pois eles mesmos se sentem excluídos do sistema de ensino e se não forem motivados, e incentivados, a continuar e da importância de sua participação como ser ativo na sociedade acontecerá à evasão.
Ao se sentir excluído e com a baixa auto-estima conseqüentemente o aluno apresentará defasagem na aprendizagem. Independente da série e da idade de nossos alunos é preciso respeitar o universo dos mesmos e considerar o saber intelectual de cada um. Desta forma, para termos êxito em nossa meta, se faz necessário que sua experiência de vida, sua bagagem cultural seja reconhecida. Dedicação, atenção, paciência e um currículo adequado com olhares diferenciados para essa clientela são indispensáveis para tornar a aprendizagem significativa e a sua permanência na escola.
Trabalhar com jovens e adultos, requer como em qualquer outra série, de uma formação continuada por parte dos educadores que trarão para as salas de aula propostas diferentes e inovadoras para o desenvolvimento da aprendizagem.





Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Olá Berna!! Nessa postagem trazes elementos importantes para pensarmos sobre a EJA. Abração!!