terça-feira, 29 de setembro de 2009
Currículo Integrado
Analisando o texto de Santomé, percebi que este chama a atenção para as mudanças que começam a ocorrer durante o século XX sobre a necessidade de introduzir as questões sociais e os problemas do dia-a-dia no trabalho curricular de sala de aula e dentro das escolas, pois até então havia um distanciamento entre a realidade e as instituições escolares.
Os conteúdos culturais que formaram o currículo escolar eram descartados e trabalhados de forma isolada, ignorando que o verdadeiro sentido da escola existir é o de preparar cidadãos para compreender, julgar e intervir na sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática.
Mas e hoje? Tantos anos já se passaram e nas escolas ainda há reflexos destes ensinamentos. Precisamos urgentemente de mudanças, garantindo uma aprendizagem significativa e repensar a escola na busca de uma integração curricular não fragmentada.
Estamos trabalhando para isso na escola onde eu trabalho, as reuniões são constantes, porém não é fácil. Até a quarta-série tentamos integrar ao máximo, mas da quinta-série em diante os professores trabalham isoladamente.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Comunidades Surdas e a Língua Brasileira de Sinais
Por muitos anos, os próprios surdos não compreenderam a importância da comunicação através da Língua de Sinais para o processo de construção de sua Identidade Cultural, bem como para o desenvolvimento de sua cognição e linguagem. Conseqüentemente, o bloqueio no desenvolvimento da Língua de Sinais causou problemas sociais, emocionais e intelectuais na aquisição da linguagem nos surdos.A comunicação é feita através da Língua Brasileira de Sinais que é a chave para ampliar a inserção do surdo no âmbito social. Respeitar e conhecer a forma de comunicação do surdo é um dever da sociedade e de todos. Sem esse conhecimento fica difícil a comunicação.
Mesmo com a regulamentação da lei que estabelece os direitos dos Surdos, ainda existe muita disputa e polêmica entre as pessoas ouvintes e as pessoas Surdas na sociedade com relação ao mercado profissional. Também ainda há muito caminho a ser percorrido até que os Surdos consigam o direito de ter profissionais capacitados entre os professores Surdos e professores ouvintes e entre os intérpretes de LIBRAS, que possam garantir-lhes o acesso pleno aos conhecimentos socialmente compartilhados.
sábado, 19 de setembro de 2009
Alfabetização e Letramento
Durante muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer o código lingüístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Atualmente, sabe-se que, embora seja necessário, o conhecimento das letras não é suficiente para ser competente no uso da língua escrita. A língua não é um mero código para comunicação. A linguagem é um fenômeno social, estruturado de forma dinâmica e coletiva e, portanto, a escrita também deve ser vista do ponto de vista cultural e social. Para dar conta desse processo de inserção numa cultura letrada, tal como a atual, utiliza-se atualmente a palavra letramento.
Para formar cidadãos participativos, é preciso levar em consideração a noção de letramento e não de alfabetização. Letrar significa inserir a criança no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos de escrita na sociedade. Essa inserção começa muito antes da alfabetização propriamente dita, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social: os pais lêem para ela, a mãe faz anotações, os rótulos indicam os produtos, as marcas ressaltam nas prateleiras dos supermercados...
A escola deve continuar o desenvolvimento das crianças nesse processo, evitando as práticas que tornam a criança alfabetizada, com conhecimento do código, mas incapaz de compreender o sentido dos textos então: Cabe a nós professores a) Considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento prévio; b) Utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
EJA
A educação de jovens e adultos é toda educação destinada àqueles que não tiveram oportunidades educacionais em idade própria ou que a tiveram de forma insuficiente, não conseguindo alfabetizar-se e obter os conhecimentos básicos necessários .
Esse conceito nos faz perceber que o professor que vai atuar com jovens e adultos deve ter uma formação especial, que lhe permita compreender os anseios e necessidades dessas pessoas tão especiais, além de saber lidar com os sentimentos delas. A educação de jovens e adultos requer do educador conhecimentos específicos no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação, atendimento, entre outros, para trabalhar com essa clientela heterogênea e tão diversificada culturalmente.
O professor da EJA deve compreender a necessidade de respeitar a pluralidade cultural, as identidades, as questões que envolvem classe, raça, saber e linguagem dos seus alunos. Conhecer a prática docente do professor que atua no campo específico da educação de jovens e adultos torna-se necessário também à compreensão específica deste tipo de ensino quanto à possibilidade de intervenções que objetivem uma educação de qualidade (acesso, permanência e aquisição de conhecimentos básicos à vida e ao trabalho). O educador deve perceber o aluno como um ser pensante, cheio de capacidade e portador de idéias, que se apresentam espontaneamente, em uma conversação simples e em suas críticas aos fatos do dia-a-dia. O aluno adulto tem muito a contribuir para o processo de ensino-aprendizagem, não só por ser um trabalhador, mas pelo conjunto de ações que exerce na família e na sociedade.
sábado, 5 de setembro de 2009
Comênio
A obra mais importante de Comênio, Didatica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente.
Nessa obra, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.
Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Também acreditamos que o direito de todas as pessoas – absolutamente todas – à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos. De fato, essas idéias se consagraram apenas no século 20, e assim mesmo não em todos os lugares do mundo. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670).
Múltiplas linguagens
Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?
Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?
A leitura, a fala e a escrita não acontecem sempre do mesmo jeito. São muitas as variações que ocorrem entre a fala e a escrita.
A escrita é um processo diferente da fala. Mas sabemos que essas duas habilidades humanas estão estritamente articuladas.
Tudo depende do meio ambiente em que estamos inseridos. O meio social também é fator determinante para que aconteçam essas variações, pois pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo.
Pode haver variação da língua quando uma única pessoa, em situações diferentes, usa diferentemente a língua, de forma a se adequar ao contexto da comunicação. Exemplo: a gíria.
Devemos estar atentos aos nossos alunos, pois quando a criança aprende a escrever comete muitos erros, pois o nosso processo da escrita é muito complexo e isso requer muita dedicação e atenção da nossa arte.
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